Ouço gargalhadas e insultos
Vejo a morte de florestas e gerações
alegria nefasta de patrões
Vomitam e caçam, eis seu culto!
Odor de bancos e tribunais
humor antigo sem canções
bombardeando Creches e Hospitais
Cheiro flores, rios, planos passeatas
iluminando a cova funda dos Sentimentos
soterrados por tanto sofrimento, fome e chagas
É Primavera-multicores sem ressentimentos
navegando ao embalo de redes com adagas
coméia dileta de Operários
vórtice de cantilenas memoriais
relembrando guerrilheiros e punhais
nas entrelinhas das nuvens e do tempo
Corações esparramados
sorriem mas não se esquecem
cultuam seus mortos que se reguem
mesmo jazidos não se rendem
São memória e vida de Corações incendiados
São Levantes
Sangue, Suor e Barricadas
paladar apurado de sobreviventes
pés descalços no chão
punhos erguidos pra lida!
escrito em 24/08/2009
Eis a luta inebriante contra a injustiça, contra o medo de ter medo. Eis a guerra declarada.
ResponderExcluirKlicia haick