quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ação urgente em favor da comunidade Guarani Kaiowá Y'poí

Aproximadamente 80 membros do grupo indígena Guarani Kaiowá Y’poí no Brasil estão sendo ameaçados por homens armados contratados por fazendeiros locais. Eles estão impedidos de deixar seu acampamento, resultando na impossibilidade de acesso à água, comida, educação e saúde.




O grupo reocupou fazendas que reivindicam como sendo parte de suas terras ancestrais, próximo a Paranhos, Brasil, em abril. Eles estão cercados por homens armados contratados por fazendeiros locais, que os ameaçam continuamente e tiros têm sido disparados para o ar durante a noite. Eles também estão impedidos de deixar seu acampamento. Isso os deixou em uma situação crítica, sem acesso a água, comida, educação e saúde.



A Fundação Nacional de Saúde do Índio (FUNASA) não tomou providências para prover cuidados à comunidade, alegando falta de segurança. As crianças da comunidade estão ficando doentes devido à falta de assistência médica e de água e às condições do tempo que está muito seco. A comunidade denunciou sua situação ao Ministério Público Federal, à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e às autoridades policiais do estado, mas nenhuma medida foi tomada até agora.



Anteriormente, a comunidade Guarani-Kaiowá Y’poí foi violentamente expulsa de suas terras ancestrais, em outubro de 2009. Durante a expulsão, membros da comunidade disseram que viram Genivaldo Vera sendo levado embora por homens armados e seu primo Rolindo Vera fugindo para a floresta. O corpo de Genivaldo Vera foi encontrado em um rio próximo poucos dias depois. Sua cabeça tinha sido raspada e seu corpo apresentava muitos ferimentos. O paradeiro de Rolindo Vera permanece desconhecido. Após mais de 300 dias a família de Rolindo continua a esperar que a Polícia Federal informe-lhes o que aconteceu com ele ou que traga seu corpo. A comunidade quer procurar por Rolindo, mas estão impedidos de sair do acampamento.



POR FAVOR, ESCREVA SEM DEMORA em português ou em seu idioma:

* Pedindo às autoridades que garantam a segurança da comunidade e assegurem que eles tenham acesso à comida, água, cuidados de saúde e que eles possam se deslocar livremente.

* Instando as autoridades a garantir que a FUNASA e a Polícia Federal visitem o local e providenciem cuidados adequados para a comunidade.

* Solicitando que a Polícia Federal conclua a investigação sobre a morte de Genivaldo Vera e sobre o paradeiro de Rolindo Vera e que os responsáveis sejam levados à justiça.

* Instando as autoridades a cumprir plenamente suas obrigações sob a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas e a Constituição Brasileira, finalizando a demarcação de todas as terras indígenas.

POR FAVOR, ENVIE OS APELOS ANTES DE 22 DE OUTUBRO DE 2010 PARA:


Ministro da Justiça
Exmo. Ministro
Sr. Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Esplanada dos Ministérios,
Bloco "T"
70712-902 - Brasília/DF Brasil
Fax: + 55 61 3322 6817/ 3224 3398
Tratamento: Prezado Sr. Ministro

Secretário Especial de Direitos Humanos
Secretaria Especial de Direitos Humanos
Exmo. Secretário Especial
Sr. Paulo de Tarso Vannuchi Esplanada dos Ministérios-
Bloco "T" - 4º andar, 70064-900 Brasília/DF Brasil
Fax: + 55 61 3226 7980
Tratamento: Prezado Sr. Secretário

E cópias para:

Conselho Indigenista Missionário,
(CIMI – local NGO)
CIMI Regional Mato Grosso do Sul
Av. Afonso Pena, 1557 Sala 208 Bl.B
79002-070 Campo Grande/MS, Brasil
Email: cimims@terra.com.br

Por favor, verifique com o escritório de sua seção se for enviá-los após a data acima mencionada. Esta é a primeira atualização da AU 306/09. Informações adicionais, em inglês: www.amnesty.org/en/library/info/AMR19/020/2009/en AÇÃO URGENTE

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INFORMAÇÃO ADICIONAL
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O estado de Mato Grosso do Sul abriga algumas das menores, mais pobres e mais densas áreas de população indígena do Brasil: bolsões de pobreza cercados por grandes plantações de soja e cana-de-açúcar e fazendas de criação de animais, onde a vida é extremamente difícil devido às péssimas condições de saúde e às pobres condições de vida.

Em novembro de 2007, o Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul assinou um acordo (Termo de Ajustamento de Conduta, TAC), com a FUNAI, no qual este órgão se comprometia a identificar e delimitar até abril de 2010, 36 áreas diferentes de terras ancestrais dos índios Guarani Kaiowá para futura demarcação. Em 29 de julho, o Ministério Público Federal submeteu uma petição ao Tribunal de Recursos Federais solicitando a execução judicial do TAC. O Ministério Público solicitou que a FUNAI cumprisse os temos do acordo no prazo de 60 dias e, caso isso não fosse feito, que a demarcação fosse feita por uma terceira parte paga pela FUNAI. Eles também pediram que a FUNAI pagasse a multa estipulada no acordo pelo atraso na finalização da identificação das terras ancestrais dos índios.

As terras ancestrais que os Guarani Kaiowá começaram a reocupar já deveriam ter sido vistoriadas por antropólogos a serviço do governo com o objetivo de identificar as terras a serem devolvidas à comunidade, conforme estabelecido no acordo assinado em 2007. Contudo, os fazendeiros da área têm constantemente bloqueado as tentativas de levar adiante os levantamentos necessários para identificar as terras a serem devolvidas.

Por conta do fracasso para dar uma solução às reivindicações de terra, muitas comunidades de Guarani Kaiowá iniciaram a reocupação de suas terras ancestrais. Com isso, tem ocorrido uma série de expulsões violentas frequentemente envolvendo grupos armados. Empresas de segurança irregulares, muitas das quais agindo efetivamente como milícias ilegais a serviço dos proprietários de terra ou da agroindústria, têm se envolvido em diversos abusos de direitos humanos nas áreas rurais do Brasil e permanecem como uma séria ameaça não só aos povos indígenas, mas também aos trabalhadores rurais que lutam pelo direito à terra.

Tanto a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, endossada pelo Brasil em 2007, quanto a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, da qual o Brasil é Estado parte, garante aos povos indígenas direitos sobre suas terras ancestrais e exige que os Estados estabeleçam mecanismos para garantir que estes direitos sejam adjudicados e reconhecidos. A Constituição Brasileira também garante aos povos indígenas brasileiros o direito a suas terras e a responsabilidade da União em demarcá-las.

Discussão Libertária!! forumlibertario@grupos.com.br

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[Grécia] Comunicado do incêndio intencional contra a Agência Tributária em Exarchia



[Grécia] Comunicado do incêndio intencional contra a Agência Tributária em Exarchia




[Á noite, vários/as anarquistas entraram no edifício onde se situa a administração fiscal grega no bairro de Exarchia e provocaram um incêndio. Fora do prédio outros/as anarquistas levantaram barricadas protegendo os/as companheiros/as que estavam na repartição de impostos, no 4º andar. A polícia não conseguiu aproximar-se, durante vários minutos e mesmo quando os/as anarquistas abandonaram o edifício, já que os/as companheiros/as que se encontravam na rua estavam à espera da polícia anti-motim e como os policiais eram muito poucos não se aproximaram.]

Comunicado:

A administração fiscal é um mecanismo básico de apoio ao capital grego, na guerra de classes que declararam aos trabalhadores, já que os vampiros (chupadores de sangue) da população “carente” economicamente asseguram a prosperidade das elites econômicas que devoram a riqueza da sociedade.

Os impostos refletem a versão legal do roubo dos trabalhadores, sem qualquer inibição ética, porque com o impacto da crise está a intensificar-se nas populações, já que os impostos se exercem sobre os produtos para cobrir as suas necessidades imediatas e básicas.

 A confirmação de que a Agência Tributária nos rouba não é nenhuma novidade. É um realismo que se mantém na fase de confirmação que se converterá numa aceitação incondicional da manipulação. Por esta razão, a superação da “ética cristã” e a aceitação de que a luta não é em vão, são requisitos prévios para a etapa de transição para a escolha da desobediência social.

Os ataques contra objetivos econômicos, assim como a construção de um movimento revolucionário que repudie a cruel política do capital e organize a negação dos contribuintes na sociedade, constituem uma realidade multifacetada em que duas diferentes práticas de luta contra o capital coexistem na mesma luta – uma vez que a meta permanece indivisível: a transformação revolucionária da sociedade através da revolta social.

 É claro que para o/as revolucionários/as as condições estão sempre maduras para poderem entrar em conflito com as forças do inimigo. Assim, os grupos revolucionários têm que assumir e tomar em suas próprias mãos a tarefa de apresentarem uma proposta imediata para organizar a luta. O furto de mercadorias nas livrarias de luxo, supermercados, lojas, o incêndio intencional do Estado e objetivos capitalistas, ataques contra os fascistas, policiais, agentes penitenciários, guardas de segurança, assaltos a bancos, são uma parte da resistência mais ampla que estamos a pôr em ação no coração da manipulação do primeiro mundo.

O incêndio intencional da Agência Tributária em Exarchia, na sexta-feira, 9 de setembro, faz parte das práticas que chamamos de desobediência social. A sua ordem de momentos que é abalada por seu dinheiro e pela política do medo é dessacralizada aos olhos da sociedade. Nesta luta não olhamos para sujeitos neutros, somente para as pessoas que colocam a sua dignidade acima do medo da prisão, a sua honra acima da falsa ética da sociedade, a sua auto-estima mais elevada do que o medo do desemprego.

Dedicamos esta ação a Vaggelis Pallis que está em estado de coma na prisão de Trikala. Quem pensa que Vaggelis se suicidaria por um dia sair da negação, recordamos simplesmente que os animais selvagens não são domesticados com gotas de liberdade

• Solidariedade aos 6 acusados de fazer parte da organização "Luta Revolucionária", três dos quais (Nikos Maziotis, Polla Roupa, Gournas Kostas) assumiram a responsabilidade.

• Honra para sempre ao lutador anarquista e membro da LR, Lambros Foundas.

Tradução > Liberdade à Solta
agência de notícias anarquistas-ana

uma lua
e um lago gelado
refletem-se um ao outro
Hashimoto Takako

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Discussão Libertária!! forumlibertario@grupos.com.br
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15-09-2010

El des-estado de la nación
Saúl Landau - Progreso Semanal




En el Área de la Bahía de San Francisco, el Valle Central de California, Los Ángeles, la ciudad de Nueva York, Washington DC, Miami y otras regiones que he visitado durante el año pasado, fui testigo de un enorme incremento de la pobreza.

El desempleo ha crecido mientras los presupuestos para la salud y la educación han recibido el pase de la cuchilla –así como los departamentos de bomberos y de policía. ¿Asistencia social? ¡Olvídense de eso! Percibo el creciente número de personas sin hogar y los que se paran en las salidas de las autopistas sosteniendo carteles de “Tengo hambre”.



Mientras el presupuesto militar crece sin resultados visibles en la seguridad, la propiedad de casas también decae. Solo en julio, 300.000 propietarios perdieron su residencia porque no pudieron pagar su hipoteca. ¿Habrá que redefinir el término “propietario”?

Los impuestos que los gobiernos cobran a todos los niveles no se corresponden con las necesidades básicas. Los políticos parlotean acerca de la necesidad de crear empleos, pero Obama rescató a la contaminante industria automovilística que ha exportado al extranjero gran parte de su trabajo manual, de manera que Michigan permanece en recesión a pesar del publicitado “Volt” dada a su economía por GM. Los viejos empleos del Medio Oeste (Cinturón de la Herrumbre) han desaparecido.

Estados Unidos emergió de la Segunda Guerra Mundial siendo propietario del 55% de la manufactura mundial. Sesenta y cinco años después, el capital financiero domina la economía. Ladrones de ropas caras en lujosas oficinas juegan al póker con el dinero de otras personas. En 2008, los “jugadores” perdieron grandes manos, cerraron su juego y se marcharon con ganancias sustanciales. El público “recibió nuestro merecido” por meterse en juegos de azar, ¡como si dependiera de nosotros!


Tenemos miles de armas nucleares, pero el único mercado para ellas son terroristas o estados canallas. Vendemos otras armas, alimentos y algún software, pero la riqueza de la nación y su crédito otrora inquebrantable han disminuido. El misterioso déficit comercial reportado por emisoras de noticias sin ninguna explicación, al igual que el también enigmático promedio Dow Jones, continúa mostrando señales pesimistas.



Mientras el imperio se debate en inútiles esfuerzos por controlar “áreas estratégicas” en el exterior, su política interna se ha convertido en “El Juego de la Irrealidad”. Los rivales electorales tratan de poner en evidencia lo “negativo” de sus oponentes. En vez de presentar sus respectivas posiciones acerca de los temas, ellos se dedicar a buscar escándalos, anticipándose al apetito de los redactores de títulos en los tabloides y despachos cablegráficos.

Los líderes republicanos reciben grandes sumas de dinero de manos de corporaciones y bancos de magnitud monstruosa. A su vez, estos títeres del Partido Republicano tratan de bloquear toda legislación que pudiera disminuir las ganancias corporativas o incrementar los impuestos –con el pretexto de de combatir al “gran gobierno”-. No abrazaron esta causa cuando George W. Bush derrochó el superávit para iniciar dos guerras desastrosas y llevar la economía al déficit. Pero ¿quién recuerda la historia antigua?

Los demócratas, por ejemplo, no rastrean la trayectoria de Timothy Geithner a Kissinger y Asociados (tres años) antes de graduarse a la división de Asuntos Internacionales del Departamento del Tesoro en 1988. Tim también sirvió a Robert Rubin y Lawrence Summers, sus dos mentores, como subsecretario del Tesoro para Asuntos Internacionales. Entre 2003 y 2007, como presidente del Banco Federal de Reserva de Nueva York y con un salario de seis dígitos, acordó el rescate de Bear Stearns y ayudó ex director General de Goldman Sachs y entonces Secretario del Tesoro, Henry Paulson, a rescatar AIG –en lugar de Lehman Brothers- Esa decisión probablemente haya ayudado al rápido descenso de las finanzas globales.

El Partido Demócrata no ve contradicción en representar a Wall Street y al mismo tiempo a la gente común. Después de todo, los demócratas representan a propietarios de casas y a arrendatarios, a contaminadores y a medioambientalistas, a fábricas de armamentos y a activistas de la paz, a HMO y a pacientes. ¿Entonces por qué no van a tener como principal decisor económico a un garantizado representante de Wall Street?

Tales hechos tienden a oscurecer la buena legislación aprobada durante los casi dos años de Obama en el cargo. Los medios llenan alegremente espacios con los ataques de Sarah Palin contra los liberales y la lengua inglesa; cotorreo que eclipsa a los hechos que afectan la manera de ganarse la vida de millones de personas. Lemas bastante tibios. Oigan, obtuvo casi 60 millones de votos. Ese hecho denota un público desesperado o muy tonto, empujado en su ansiedad por medios que funcionan por urgencias comerciales que ninguno de los Padres Fundadores pudo haber concebido.

El clima cambia, el calor quema como nunca antes, la sequía se extiende, las inundaciones arrasan, los terremotos, los huracanes y los tsunamis amenazan –pero estos hechos tienen poco impacto en el Congreso-, atrapado en las constipadas vueltas y revueltas que constituyen las entrañas de la política legislativa: una guerra de un solo lado entre los estúpidos intereses especiales y la necesidad pública.

Después de mucho comprometerse, los demócratas liberales han logrado obtener por poco margen algún tipo de reforma de los cuidados de salud o del seguro de salud, lo que ha ayudado a millones de personas, así como las HMO. El Congreso también aprobó algunas buenas leyes de creación de empleos, especialmente en la educación, pero muy lejos de satisfacer las necesidades en salud pública o educación. Pero los republicanos obstruccionistas y sus aliados demócratas de derecha evitan el progreso. No se cansan de repetir lemas como “No al Gran Gobierno” mientras conceden billones de dólares al presupuesto de defensa.

Los electores están indignados y confundidos a medida que la nación parece dirigirse hacia el infierno en medio de gritos triunfantes de los sordos expertos republicanos acerca de cómo la marea de Bush nos llevó a la victoria en Iraq. Noviembre (temporada de elecciones), puede que se convierta en el mes más cruel.

Fuente: http://progreso-semanal.com/4/index.php?option=com_content&view=article&id=2590:el-des-estado-de-la-nacion&catid=3:en-los-estados-unidos&Itemid=4

rCR

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Especular con el hambre: el mundo, ante la próxima crisis alimentaria


Michael R. Krätke - Freitag


Comerciar con el hambre: los inversores apuestan por la subida de las materias primas en las bolsas a futuros. La apuesta tiene consecuencias: el mundo se enfrenta a la próxima crisis de alimentos.


La historia algunos ya la conocen: un ambicioso joven dramaturgo quiere escribir una obra sobre los codiciosos héroes del mundo de las finanzas. El escritor quiere entender qué es lo que motiva a su héroe. Pero nadie puede explicarle qué es lo que decide el curso de los parqués bursátiles. La bolsa de cereales de Chicago se demuestra como algo incomprensible, cada razón presentada es una "montaña de grano" a través de la cual no se consigue ver ni tan siquiera a los propios actores implicados. El autor, Bertolt Brecht, se dio por vencido; y comenzó a estudiar a Marx. Entonces fue cuando, en sus propias palabras, comprendió de verdad su propia obra. Todo ello ocurre en 1928, el año inmediatamente anterior al comienzo de la Gran Depresión.

Los negocios en bolsa pueden llevar a la muerte. Porque en el mercado de valores se comercia también con alimentos y se determina el precio de los mismos para miles de millones de personas.

En nuestras latitudes la pobreza no equivale a morirse literalmente de hambre. Pero para más de mil millones de personas la malnutrición es algo muy real. Igual de real que la enorme cantidad de alimentos que se producen anualmente, suficientes para alimentar a mucha más gente de la que existe en la población mundial actual. A pesar de todo ello se adivina en el horizonte que la próxima crisis mundial será de otro tipo: una crisis de alimentos.

Una vez más


Una vez más. Hace unos pocos días miles de personas protestaron en la capital mozambiqueña de Maputo contra el aumento del precio del pan y de la energía. La policía disparó contra los manifestantes. Hubo al menos diez muertos. Ya en el 2007 y en el 2008 aumentaron dramáticamente los precios de los alimentos. Se duplicaron y triplicaron para el trigo, el arroz y el maíz, que alcanzaron, en parte, su precio más alto desde hacía 30 años. El precio del arroz, por ejemplo, aumentó casi un 180% en menos de dos años. Todos prestan atención a la crisis financiera y bancaria mientras entre bastidores da comienzo una crisis de alimentos de una dureza inimaginable. Al menos 120 millones de personas viven por debajo del umbral de la pobreza. Gracias a la globalización muchos países del Sur han dejado de exportar alimentos y deben importarlos. La hambruna hace estallar los motines: ya se han registrado revueltas en más de 30 Estados.

Mientras en Alemania se jura y perjura que la economía se recupera, los precios del café, el cacao, el azúcar y los productos lácteos se disparan al alza en todo el mundo. Lo mismo vale para los mercados futuros de cereales, soja y arroz. Los principales centros comerciales se encuentran en Nueva York (NYMEX/COMEX) y en Chicago, donde opera la Cámara de Comercio de Chicago (CBOT, por sus siglas inglesas) fundada en 1848, y la Chicago Mercantile Exchange (CME), fundada en 1898. En Europa los alimentos y materias primas se comercian en las bolsas de futuros de Londres, París (Matif), Ámsterdam y Frankfurt am Main (Eurex), también en Mannheim y, desde 1998, incluso en Hannover. Por doquiera se comercia con productos agrarios, pero no de manera presente y al natural, sino a mucha distancia y en unidades estandarizadas. Los contratos de compraventa se fijan para una fecha determinada en el futuro y reciben justamente ese nombre: "futuros". Así se puede, por ejemplo, comerciar con cereales antes de que se cosechen: un negocio especulativo con los ingresos y precios de los productos agrícolas de los próximos meses.

El precio del pan

A finales de 2007 los principales actores de los mercados financieros (no solamente de los hedge fonds) huyeron en estampida de los desequilibrios causados por la crisis financiera y los títulos tóxicos sin ningún valor para adentrarse en la especulación con alimentos y materias primas. Las bolsas de mercancías a futuros se vieron de súbito abarrotadas y la consecuencia fue una explosión del precio de las materias primas y del petróleo. Inevitablemente, aumentaron los precios de todas las mercancías con las que se comercia en las bolsas de valores normales. Fondos como los creados por los bancos se llevaron otro potosí a pesar de la crisis. En Alemania el Deutsche Bank se publicitaba a los inversores anunciando brillantes prospectivas de ganancias gracias a los precios al alza de los productos agrícolas.


La ministra alemana de agricultura, Ilse Aigner (CSU), ha anunciado recientemente que quiere poner en marcha una campaña contra la especulación abusiva en los mercados agrarios en la cumbre agraria en enero de 2011 en Berlín y también en la cumbre del G-20 en junio de 2011. Pero Aigner traiciona sus propias promesas rápidamente, pues hasta la fecha no cuenta ni con propuestas ni con conceptos. El tema es para ella «muy complejo». Y uno quisiera añadir: y el gobierno federal se lo toma más bien con calma. Porque en septiembre de 2010 se disipó nuevamente el pánico a una amenazadora bancarrota estatal en Grecia, España o Portugal, de modo que el precio tanto de los empréstitos del Estado como del interés bajó en picado. Pero incluso así los especuladores, tras tomar sus botines a los cada vez más endeudados Estados, retornaron a las bolsas de futuros para sobrevivir a base de comerciar con alimentos y materias primas. Los chinos o los brasileños experimentan pequeños milagros económicos en sus respectivos países. Una buena y abundante comida es un símbolo importante de estatus social, mucho más importante aún que el automóvil. Una razón más para ver lucrativas posibilidades de inversión que sobre todo que proporcionen ganancias rápidas: los agrofuturos satisfacen plenamente este objetivo.

El júbilo de los especuladores


En 2007 y 2008 hubo malas cosechas de cereales en Australia, uno de los mayores exportadores de grano del mundo. En 2010 hubo una sequía catastrófica en Rusia. Las pérdidas de cosechas han disparado el precio el pan más del 20% en Rusia. Si el gobierno en Moscú restringirá o no el comercio –el primer ministro Vladimir Putin prolongó de inmediato la prohibición de exportación de grano–, es algo que preocupa a los especuladores en júbilo. No se comercia con todos los alimentos en las bolsas a futuro, pero sí con los más importantes para la nutrición de la población mundial, como el trigo, el arroz, la soja y el maíz.


Las autoridades reguladores de la Commodity Futures Trade Comission (CFTC), que centran su atención en las bolsas de futuros de los EE.UU., han constatado repetidamente que la determinación del precio en los agrofuturos ya no tiene nada que ver con la oferta y la demanda ni las estimaciones de cosecha y ventas. Las manías de los mercados hacen fluctuar los precios radicalmente. Aunque la producción de alimentos apenas crezca o se estanque, las cifras de los agrofuturos se multiplican y se multiplican. Si hace un par de años se comerciaba todavía con unas 30.000 acciones de futuros en trigo al día en Chicago, hoy han subido ya a más de 250.000.

Obviamente especulan con ellas los grandes señores del capital como el Deutsche Bank o el BN Paribas, pero no, claro está, con su propio nombre, sino a través de fondos especiales creados a tal efecto, que especulan con todo un paquete de productos agrarios. Sus resultados se han incrementado meteóricamente en los dos últimos años. Cuantos más especuladores se encaminan a los parqués, más demoledores son los efectos de su actividad en los precios de los alimentos. Sólo el dos por ciento de los agrofuturos negociados conducen a una transacción real de las mercancías –esto es: a la entrega de la mercancía a cambio de dinero antes de que expire la fecha del contrato-. Todo lo demás es pura especulación –con el incremento o la caída de precios –y sólo sirve al enriquecimiento.

La danza de San Vito de las bolsas


El índice de precios de los alimentos de la Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO, por sus siglas inglesas) ha calculado una cesta con los alimentos más importantes del planeta Tierra, de los cuales –aunque no todos se comercian en las bolsas– aumentan sus precios sin tocar aparentemente techo. Así, en los países más pobres aumentaron del 2007 al 2009 los precios de los alimentos entre un 30 y un 37% y en el 2008 de nuevo entre el 37 y el 40%. Le sigue una cierta recuperación en el verano de 2009, pero desde diciembre de 2009 la tendencia del índice de la FAO apunta nuevamente hacia un incremento.


Los expertos de la FAO advierten cifras en mano del estallido de la próxima crisis de hambre, a la que apenas se podrá poner freno. Porque la especulación prácticamente sin riesgos en las bolsas de futuros es un negocio multimillonario para el que se necesita todavía menos capital neto que en el comercio de acciones. El negocio corrompe la existencia de una producción sostenible, porque en todo el mundo los campesinos intentan seguir el baile de San Vito de las bolsas para poder conseguir al menos los restos. Malas noticias, pues, para los pobres de este mundo: ellos pagan la cuenta del rally en las bolsas a futuros. Y lo hacen con millones de hambrientos, con decenas de miles de muertos.

Michael R. Krätke, miembro del Consejo Editorial de SINPERMISO, es profesor de política económica y derecho fiscal en la Universidad de Ámsterdam, investigador asociado al Instituto Internacional de Historia Social de esa misma ciudad y catedrático de economía política y director del Instituto de Estudios Superiores de la Universidad de Lancaster en el Reino Unido.

Traducción parawww.sinpermiso.info: Àngel Ferrero
Fuente: http://www.sinpermiso.info/textos/index.php?id=3566  



rCR

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

11 DE SEPTIEMBRE: UN DÍA SIN GUERRA


publicado em http://www.rebelion.org/ 

11 DE SEPTIEMBRE: UN DÍA SIN GUERRA - Amy Goodman - Democracy Now!
Traducido por Fernanda Gerpe y Democracy Now! en español


El noveno aniversario de los ataques del 11 de septiembre en Estados Unidos debería ser un momento para reflexionar sobre la tolerancia. Debería ser un día de paz. Sin embargo, el fervor antimusulmán que existe aquí, sumado a la continuada ocupación militar estadounidense de Iraq y a la escalada de la guerra en Afganistán (y Pakistán), todo unido, alimenta la idea de que, de hecho, Estados Unidos está en guerra con el Islam.

El 11 de septiembre de 2001 unió al mundo contra el terrorismo. Todo el mundo, al parecer, estaba con Estados Unidos, en solidaridad con las víctimas, con las familias que perdieron seres queridos. Ese día será recordado por las generaciones futuras como el día que se llevó a cabo el infame acto de asesinato masivo coordinado más resonante de principios del siglo XXI. Pero ese no fue el primer 11 de septiembre asociado con el terror:



El 11 de septiembre de 1973, en Chile, el presidente legítimo Salvador Allende muere en el marco de un golpe militar apoyado por la CIA que marcó el comienzo de un régimen de terror comandado por el dictador Augusto Pinochet y durante el cual fueron asesinados miles de chilenos.



El 11 de septiembre de 1977, en Sudáfrica, el líder contra el apartheid Stephen Biko fue golpeado dentro de una camioneta de la policía. Murió al día siguiente.

El 11 de septiembre de 1990, en Guatemala, la antropóloga guatemalteca Myrna Mack fue asesinada por militares que contaban con el apoyo de Estados Unidos.

Del 9 al 13 de septiembre de 1971, en Nueva York, se produjo un levantamiento en la cárcel de Attica, durante el cual la policía del estado de Nueva York asesinó a treinta y nueve prisioneros y guardias e hirió a otros cientos.

El 11 de septiembre de 1988, en Haití, milicias de derecha llevan a cabo un ataque durante una misa celebrada por el padre Jean-Bertrand Aristide en la parroquia de San Juan Bosco de Puerto Príncipe en el que asesinaron al menos a trece fieles e hirieron al menos a otras setenta y siete personas. Más tarde, Aristide sería elegido presidente dos veces y dos veces derrocado por golpes de Estado apoyados por Estados Unidos.

Si hay algo que es el 11 de septiembre, es un día para recordar a las víctimas del terror, a todas las víctimas del terror, y para trabajar por la paz, como hace el grupo “Familias del 11 de Septiembre por un Mañana de Paz”. Formado por personas que perdieron seres queridos el 11 de septiembre de 2001 en el ataque a las Torres Gemelas, su misión podría servir como un llamado nacional a la acción. En su página web escriben: “Transformar nuestro dolor en acciones por la paz es nuestro objetivo. Al desarrollar y abogar por opciones y acciones no violentas en nuestra búsqueda de justicia, esperamos romper los ciclos de violencia engendrados por la guerra y el terrorismo. Reconociendo nuestra experiencia común con todas aquellas personas afectadas por la violencia a lo largo y ancho del planeta, trabajamos para crear un mundo más seguro y con más paz para todas las personas”.

El estudio de “Democracy Now!” estaba ubicado a pocas cuadras de las Torres Gemelas. Estábamos transmitiendo en vivo cuando cayeron. Durante los días siguientes, miles de folletos con las fotos de los desparecidos volaban por todas partes, con los números de teléfonos de los familiares para llamar si se reconocía a alguien. Me recordaban a los carteles que llevaban las Madres de Plaza de Mayo en Argentina, esas mujeres con pañuelos blancos en la cabeza que marcharon valientemente semana tras semana portando fotos de sus hijos desaparecidos durante la dictadura militar que vivió ese país en los años 70.

También recuerdo la constante corriente de fotos de jóvenes del ejército asesinados en Iraq y en Afganistán y ahora, cada vez más frecuentemente (aunque aparecen menos en las noticias), las fotos de quienes se suicidan tras haber sido varias veces convocados a combate.

Por cada víctima de Estados Unidos o de la OTAN hay, literalmente, cientos de víctimas en Iraq y Afganistán cuyas fotos nunca se van a mostrar y cuyos nombres nunca vamos a conocer.

Mientras una multitud descontrolada y furiosa intenta impedir la construcción de un centro comunitario islámico en el bajo Manhattan (en un edificio vacío, ignorado durante años y dañado, a más de dos cuadras de la zona cero), un “ministro” evangélico de Florida está organizando para el 11 de septiembre el “Día Internacional de Quema del Corán.” El General David Petraeus afirmó que la quema, que ha suscitado protestas en todo el planeta, “podría poner en peligro a las tropas”. Y está en lo cierto. Así como también pone en peligro a las tropas el bombardear a civiles inocentes y sus hogares.

Al igual que Vietnam en los años 60, Afganistán tiene una decidida resistencia armada local, entregada a su causa, y un profundamente corrupto grupo en Kabul enmascarado como gobierno central. La guerra está ensangrentando al vecino país, Pakistán, igual que la Guerra de Vietnam se esparció a Camboya y Laos.

Poco después del 11 de septiembre de 2001, mientras miles de personas estaban reunidas en los parques de la ciudad de Nueva York y mantenían vigilias improvisadas a la luz de las velas, un autoadhesivo apareció en carteles, pancartas y bancos de plaza. En él se leía: “Nuestro dolor no es un grito de guerra”.

Este 11 de septiembre el mensaje sigue siendo —dolorosa y lamentablemente—oportuno.
Hagamos del 11 de septiembre un día sin guerra.
Denis Moynihan colaboró en la producción periodística de esta columna.

rCR

A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE, debate na OAB_Pará

(Ao centro Agata Serena Pessoa B. Lobo, em dia de assembléia geral no Acampamento Celeiro de Bençãos, na Pratinha II, Belém do Pará, Julho de 2010)

DIVULGUEM!!!!PARTICIPEM!!!


De: Luanna Tomaz Adicionar a contatos

Para: pablo.viana@hotmail.com; padrebruno@hotmail.com; pamelanimee@hotmail.com; patricialima@grupoideal.com.br; PATRICIA ; Patricia ; PATRICIASEGOV ; patrickparaense@hotmail.com; patrickparaense@yahoo.com.br... mais

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Convidamos a todos e todas para participar no dia 22 de setembro, às 18 horas no auditório da OAB-PA do evento: "A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE: ATENDIMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS". Neste momento entregaremos o relatórios das visitas realizadas pela Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-Pa no Estado para avaliar o atendimento prestado pelas delegaciais às crianças e adolescentes enquanto agentes e vítimas de violência. Contaremos com a participação de diversas autoridades e como debatedora da Dra. Leane Fiúza de Melo, professora e promotora de Justiça.

Conto com vocês.


Luanna Tomaz
Profa. de Prática Penal (UFPA)
Mestre e Doutoranda em Direito
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-Pa
+55(91) 81246909

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A CRIANÇA, por José Pessoa

A CRIANÇA




A criança em mim empunha armas


sorrisos, olhares e perguntas desconcertantes



guarda molotovs no semblante e faz



guerrilha contra o câncer e o Capital



A criança em mim é Pedra de Fogo, semente que reverbera e Acalanta


desconstruindo proverbios com seu petardo



fábrica de inocentes incendiários







brincando no chão


        de pés e alma descalços


com estilingues verbais entre os dentes





entre os dedos ávidos, frementes, flores



A criança dentro de mim é luto



de outubro a outubro



é pranto que alimenta trincheiras



que inflama a memória vivente


e impõe outra moral


Luto por meus irmãos chassinados



por minhas irmãs estupradas e prostituídas



Luto por minha mãe sepultada!



Esses são meus termos:



Basta de vaidades, dramas e vacilações!


Morte ao capital, ao capitalismo e seus puzilânimes capitalistas


Morte aos que reproduzem o inimigo


Viva a Vida
Viva o Sonho
"Hasta la vitória siempre"!

escrito em 30 de Agosto de 2010.


post scriptum: imagens extraídas da net pelo google.com.br