O movimento de 8 de
janeiro de 20023, iniciou-se há seis meses, quando Bolsonaro incitou a base
golpista a invadir o Superior Tribunal Federal -STF, o Congresso Nacional e a
sede do Poder Executivo.
Vários bolsonaristas radicais jogaram fogos de artifícios no STF e lançaram palavras de ordem contra seu Alexandre de Moraes e demais ministros. Estes mesmos golpistas estavam na invasão dos três Poderes e os que estavam nas frentes dos quarteis em todo o país, na maioria dos Estados, aguardando ordens dos generais e organizadores, passaram mais de 70 dias sabendo que algo ocorreria, e de fato ocorreu.
Em vários Estados, quando tirados das frentes dos quarteis, os golpistas voltaram com mais força. A estratégia ofensiva dos generais como Augusto Heleno, Hamilton Mourão, Eduardo Ramos, Júlio Cezar de Arruda e Braga Neto, dentre outros organizadores golpistas, estava quase concluída, eles diziam: “Falta pouco!”.
Parecei que o
governo Lula não sabia de nada e não tinha força para exercer o poder sobre os
terroristas em frente aos quarteis, nas casernas e repartições públicas. Ele
estava, parecia, em uma defensiva e enfraquecido.
Foi aí que veio o
atentado terrorista sobre os três poderes, no dia 08 de janeiro. Apesar da
porta aberta no Palácio da Alvorada, entraram e quebraram todas as vidraças,
derrubaram o relógio dado pela França, bateram em policiais legalistas, que
eram poucos, roubaram armas e derrubaram membros da cavalaria, era vitória dos
terroristas.
Prendeu
preventivamente 1400 terroristas, afastou os comandantes das Forças Armadas, mandou
tirar todos os golpistas de frente dos quarteis em todos os Estados
brasileiros. Através do seu interventor Ricardo Capelli, prendeu o ex-Secrário
Anderson Torres e mandou prender preventivamente mais de 942 golpistas nos
presídios da “Papuda” e na “Colmeia” e outros 464 soltos em liberdade
provisória, com tornozeleira.
Agora, o governo Lula, assumindo de fato o comando do Brasil está numa ofensiva, parte para a organização todo o estado brasileiro, reestrutura a relação de Poder com setores históricos da nação, antes oprimidos, garantindo-lhes seu justo lugar na condução dos processos políticos.
Povos originários, liderados por Sonia Guajajara, no Ministério dos Povos Indígenas e o movimento negro, por Silvio Almeida, no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, são parte desse amplo movimento de retomada do Estado brasileiro, com vistas a arrancar de seus entranhas todos os bolsonaristas, fazendo justiça aos milhares de mortos durante a pandemia de codivd-19 e aos milhões de trabalhadores que ainda hoje passam fome, por culpa de uma política, destruidora do meio ambiente, racista e excludente.
Os trabalhadores do Brasil, liderados por Lula, com inédito apoio geopolítico, blindado por todos os lados, fará valer a vontade popular: punição para todos os culpados, sem perdão nem anistia. Prisão aos terroristas.
Belém, 29 de
janeiro de 2023.
* JOSÉ ANASTÁCIO DE SOUZA LOBO - lobosindical@gmail.com -
Historiador (UFPA)
Especialista em História da Amazônia (UNIFAP)
Cofundador do PT
Ex-dirigente nacional CST
Cofundador do SINTPREVS – PA
(Diretor por 4 gestões)
Cofundador do Conselho de Radiologia –
PA
Cofundador do SINTPREVS – AP
Executiva da
CUT – AP (2000-2003)