sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Expropriação de um supermercado na GRECIA + 52.000 estudantes enchem ruas na INGLATERRA + ENEMganados pelo MEC em luta no BRASIL

[Grécia] Expropriação de um supermercado: "Tudo é roubado – tudo nos pertence"

Em 3 de novembro, quarta-feira, dezenas de companheiros expropriaram produtos do supermercado AB Vassilopoulos na zona de Labrini. Alguns dos companheiros bloquearam a rua exterior ao supermercado segurando uma faixa, distribuindo panfletos e gritando palavras de ordem, enquanto que o resto do grupo expropriava produtos lá dentro. Os produtos foram posteriormente distribuídos no mercado público local que tem lugar todas as semanas perto do supermercado. A polícia chegou alguns minutos depois, mas não conseguiu localizar nenhum dos envolvidos na ação.

A notícia da expropriação não foi mencionada em nenhum dos meios de comunicação sob controle. A doutrina do "silêncio" que tentam cumprir de maneira a esconder qualquer notícia revolucionária é óbvia.

Excertos de um texto que os companheiros distribuíram:

"Há sempre espaço para a paciência, tolerância e submissão. Há sempre a hipótese de cada um de nós olhar para o seu umbigo, de procurar sobreviver, de tentar prosseguir dentro da realidade chocante do nosso dia a dia e de acabar no seu pequeno nicho com a droga que prefira consumir.

Mas há também outra via, em que as pessoas ficam lado a lado, contra este sistema monstruoso que controla a nossa vida, lutando para o derrubar e não apenas reclamando melhores condições de escravidão. Foi esse o caminho que percorremos na quarta-feira, dia 3 de novembro, expropriando produtos do supermercado AB e distribuindo-os no mercado público ali perto."

Organização de base de expropriadores de Perissos

Tradução > P.

agência de notícias anarquistas-ana

o sapo, num salto,
cresce ao lume do crepúsculo
buscando a manhã
Zemaria Pinto

Discussão Libertária!! forumlibertario@grupos.com.br
 
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52.000 estudantes enchem ruas de Londres

Cerca de 52.000 estudantes manifestaram-se esta quarta-feira em Londres contra o aumento das propinas máximas de 3 850€ para 10 531€ e os cortes nos orçamentos das universidades, que chegam a atingir os 40%.

10 Novembro, 2010 - 19:16

extraída de: http://www.esquerda.net/opiniao/estudar-greve


Estudantes protestam contra aumento das propinas máximas de 3 850€ para 10 531€ e cortes nos orçamentos das universidades, que chega a atingir os 40%. Foto de Plaid, Flickr. A adesão à manifestação estudantil em Londres superou todas as expectativas. O representante da National Union of Students (NUS), Aaron Porter, afirmou que esta marcha foi a maior demonstração estudantil das últimas décadas.



Os estudantes protestaram desta forma contra as propostas do governo britânico, entre as quais o aumento das propinas máximas de 3 850€ para 10 531€ e os cortes nos orçamentos das universidades, que chegam a atingir os 40%. Estudantes, professores e os vice-reitores de algumas universidades consideram que estas propostas traduzem-se numa transferência manifestamente injusta do custo do ensino superior da sociedade para o indivíduo.



Ao dirigir-se aos manifestantes, o presidente do NUS afirmou que "Esta era a luta das suas vidas” e que “enfrentam um ataque sem precedentes contra um futuro que ainda nem começou”. Aaron Porter relembrou aos estudantes que “estão a ser propostos cortes bárbaros que irão brutalizar os seus colégios e universidades” e deixa um alerta: “ este é apenas o começo… a resistência começa aqui”.


Em entrevista à BBC News, Aaron Porter condenou veementemente as acções da “pequena minoria de estudantes” que ocuparam a sede dos conservadores em Millbank, causando alguns danos materiais e alguns feridos ligeiros.

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informe socialista



Juventude do PSOL-MES dá largada em atos dos ENEMganados em Niterói  

ENEMganados tomam centro de Niterói



Cerca de 500 estudantes de várias escolas de Niterói promoveram um grande ato nesta quinta, 11 de novembro. 
Cartazes pintados, indignação e irreverência, narizes de palhaço e muita energia. Tudo isso caracterizou o movimento conhecido como "Grito dos ENEMganados". Participaram alunos e professores de escolas privadas e públicas de toda cidade. 
A passeata que partiu do Colégio  Salesianos em Santa Rosa, encontrou-se com mais estudantes de diversos bairros em frente ao tradicional Liceu, contando com adesão de inúmeros colegas. 
A manifestação percorreu as principais ruas do centro, tendo seu ápice em frente ao Terminal de Barcas, onde foram queimadas, em protesto, provas do ENEM. As principais palavras de ordem foram contra o descaso em relação à educação, contra o governo federal e o ministério da educação. Escutava-se: Sou estudante,  eu sou sinistro, se não resolve, derrubamos o ministro" e "Uh! Ahad! Fora o Haddad!".
As lideranças se pronunciaram no microfone, conformando um comando unificado de lutas, com dois representantes de cada escola. 
Os próximos passos consistem em fazer contato com alunos do Rio de Janeiro e outras cidades, para encaminhar novos protestos. 
O que chamou a atenção foi o apoio da população. Todos aplaudiam quando a pauta era explicada, e quando oradores denunciavam que o mesmo governo que prontamente socorreu o Banco de Sílvio Santos até agora não deu respostas concretas em relação ao desastre do ENEM. 
A marcha terminou dentro da Universidade Federal Fluminense. 
Os próximos passos passam por organizar um amplo movimento nacional, já que infelizmente a UNE e a UBES (entidades chapas-brancas do governo) se recusam a encaminhar esta luta. Amanhã estão previstos atos em Porto Alegre, São Paulo, e outras capitais. Teremos atos no Rio de Janeiro, sendo que semana que vem devemos organizar um ato ainda maior.  
Nossa manifestação foi muito mais organizada do que o ENEM. Nota 10 para os estudantes. Nota ZERO para o governo e Ministro da Educação!


Professor Bruno Menezes
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O protesto, batizado de "Marcha dos ENEMganados", alerta para descasos e falhas do Ministério da Educação. Muitos alunos se reuniram na Avenida Amaral Peixoto, no Centro

 * fotos da manifestação dos estudantes de Niterói contra os erros do Enem http://ow.ly/38pvk


Estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último fim de semana realizaram um protesto pelas ruas de Niterói, na tarde desta quinta-feira. A manifestação, que ganhou o nome de ‘Marcha dos Enemganados’, reuniu cerca de 200 alunos de escolas particulares e públicas da cidade. Os manifestantes afirmam que o exame foi “uma demonstração de incompetência e descaso com a educação” e responsabilizam o Ministério da Educação e o Governo Federal pelos erros.

Os manifestantes se reuniram, por volta das 13h30, em frente ao colégio Liceu Nilo Peçanha, na Avenida Amaral Peixoto, no Centro. Com cartazes, apitos e narizes de palhaço, eles seguiram até a estação das barcas, onde queimaram exemplares do exame. Eles exigiam a mudança de modelo para uma gestão que funcione ou o retorno para a fórmula antiga, onde cada universidade fazia um vestibular.


foto: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/11/estudantes-protestam-contra-falhas-no-enem-em-niteroi.html
Aluna do 3º ano, Pérola Martins Lannes, de 16 anos, disse que a realização de provas diferentes neste exame e de uma segunda chamada para os testes com erros vai contra o princípio de igualdade entre todos os candidatos. Para ela, o tempo de prova e a quantidade de questões e a redação são exagerados.

“Ninguém que eu conheço conseguiu terminar a prova. Estamos fazendo esta manifestação não somente por nós, mas pelos próximos estudantes que farão a prova. O governo não está ligando para nós, os erros ocorridos representam um total descaso com a educação”, protestou.

Laura Nora, de 17 anos, concorda com a amiga sobre o extenso período da prova.

“Durante o exame não conseguimos mostrar nosso conhecimento, pois aquilo é um teste de resistência. Tudo o que aconteceu foi uma falta de consideração conosco”, completou.


O professor de Física Bruno Ferreira de Menezes, de 29 anos, ajudou os alunos a organizarem a manifestação. Segundo ele, os candidatos o procuraram no curso preparatório onde trabalha pedindo auxílio.


“Eles estão revoltados com toda essa situação e querem que o Ministério da Educação dê alguma satisfação. Por isso, resolvi ajudá-los”, conta.


Para um dos organizadores da passeata, o estudante Matheus Ruas, de 17 anos, a ideia de unificar os vestibulares não deu certo.


“Foram mais de R$ 160 milhões gastos nestas provas, para acontecer todos esses erros. E ano passado também houve problemas. Queremos, através dos nossos atos, conscientizar a população de que a educação é muito importante e que não podemos ficar de braços cruzados diante de tudo isso”, assinalou.


O fim da caminhada foi na Reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Icaraí, onde uma comissão formada por alunos de várias instituições foi recebida pela chefe de gabinete do reitor, Martha de Luca, e pelo assessor do pró-reitor de Assuntos Acadêmicos, Renato Crespo. No encontro, os representantes da instituição assumiram o compromisso de fazer chegar ao MEC as reivindicações feitas pelos candidatos. Neste domingo, a universidade realiza o vestibular para ocupar 80% das vagas. Os outros 20% ficarão reservados para os candidatos do Enem, até que seja resolvido o problema.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou, através de sua assessoria, que ainda não tem informações sobre o que irá acontecer com as provas erradas e com os candidatos.

Hoje, às 13 horas, alguns membros da manifestação desta quinta-feira se reúnem na estação das barcas e seguem para o Rio de Janeiro, onde participam de um ato na Cinelândia.

Até o momento, o Ministério da Educação (MEC) calcula que cerca de 200 estudantes deverão refazer as provas. Os dados foram apresentados pelo ministro da Educação Fernando Haddad ao presidente da União dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Yann Evanovick, em audiência na tarde desta quinta-feira.


mais fotos da página do Jornal O Fluminense no Facebook - http://ow.ly/38pvk

terça-feira, 9 de novembro de 2010

MEMÓRIA DE ESCRIVÃO (PARTE I)





 MEMÓRIAS & OUTRAS PALAVRAS DE UM ESCRIVÃO
visão noturna, beira rio


Estou na Secretaria Judicial da 1ª Vara Cível e Criminal de Cametá, são 00:20 horas, apenas hoje já são 14horas, as 08h às 14h, com retorno vespertino às 16:30h....


São quase seis anos deste Cartório, e do Tribunal de Justiça do Pará, quando cheguei  em Cametá em Junho de 2005, estava ainda com a cabeça no CONUNE, lembro do impasse sobre as chapas e a gigantesca espectativa de entrar na luta sindical, de morar no inteior do Pará.

  
praia da Aldeia

Naquela época ainda tinhamos tempo para viver a cidade, pra tomar banho na beira do rio Tocantins, pra vivencia os blocos de sujo, toda riqueza cultural de uma das cidades mais expressivas na cultura popular negra e indígena (...), tinha menos trabalho, cerca de 30 presos, crimes de menor potencial ofensivo, acho até que a vida andava mais interiorana naqueles anos.

Hoje a criminalidade assola tanto a sede o município quanto às vilas do interior (são quase 120 mil habitantes em Cametá, e pouco mais da metade na zona rural), o tráfico de derivados de cocaína, a prostituição infanto-juvenil e a onda de assaltos ligada intimamente à questão do aumento vertiginoso, endemico de pasta base de cocaína na cidade (...), hoje são mais de 180 presos e uma média de uma rebelião a cada semestre.


As horas passam voando no Cartório, os meses e o ano também.

Estou a passos de viabilizar um estudo do aumento da criminalidade na Cidade, com índeces com tipo de crime, sobretudo os crimes contra a Mulher.


O incremento de mais e mais processos, rotinas e procedimentos impostos verticalmente pelo Conselho Nacional de Justiça e a forma violenta, muitas vezes ininteligível como a maioria dos servidores são tratados revela um lado perveso do Judiciário.

O assédio moral é contumaz.

Acima digitalizei uma certidão que fala por sí mesma. Faz parte da odisséia do "abismo entre o dever e o fazer do Escrivão", um livro extenso que no meu caso já produziu diversos capítulos, no caso, cinco sindicâncias e um processo administrativo, além de outros processos cíveis e criminais decorrentes da minha militância.

Mas essa parte, já descamba na criminalização dos protestos e movimentos sociais combativos.

A certidão acima motivou a 5ª sindicância em 5 anos de TJEPA!