quinta-feira, 28 de outubro de 2010

SAUDADE & OUTRAS PALAVRAS, por José Pessoa


outros versos, sempre tão submersos
e meninos
como aquele que me torno diante de ti!

                   Versos íntimos,

Alarde, inflamando cada artéria
                       desritmia e bilirrubina,
florescendo em meus olhos, em minha lingua





           um dialeto imprevisto e ágrafo
pantomimas e muitos Querer.

Querer insensato como fome e sede de desterrados
e também medo e curiosidade...
          ...quando me enveredo por teus cabelos, no dileto paladar,
 em mim saliva uma vontade louca.

outras Palavras que se cruzam estremecidas, ávidas,

Saudade também me chama,
         pensamento mergulhado em chamas,
     verbo vermelhento e apimentado
que simplesmente acalanta,
                 entorpece e cura




  Tempo é distância,                                             , cortezia de Horus
                 licor delicioso de tua presença suave e Ferina!

escrito em 28/Out/2010, às 15h23min






5 comentários:

  1. Você pensa na sua mulher (mãe da sua filha) quando faz esses versos?
    Eles são tão cheios de sentimento, expressam uma emoção um tanto quanto reprimida, que não tem como ser e fica aí presa dentro de você...
    Pelo menos é isso que sinto quando os leio...

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  2. A poesia expressa sentimentos, do autor, de seus personagens, heterônimos, em fim, acabam refletindo mais a psiquê, o conflito entre ide e ego de quem lê, doque propriamente o reflexo emocional de quem compês, escreveu.

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  3. Pode ser, só que a obra também devenda grande parte do sentimento do autor ao leitor.

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  4. Eu já acredito mais no subconsciente coletivo, onde um grupo sente desta forma, pela mesma pessoa ou pessoas envoltas no enlace fulgaz da saudade como também o aflorar da líbido em nós.
    Klicia Haick

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